quinta-feira, 10 de maio de 2018

Correios: mais um orgulho brasileiro reduzido a pó


Durante décadas os Correios foram um serviço que dava muito orgulho aos brasileiros de bem.

Postava-se uma correspondência ou enviava-se uma encomenda e era entregue em prazos bem razoáveis, no mesmo padrão de serviços encontrados nos paises mais avançados do mundo.

Sendo um aeromodelista dedicado, sempre tive o costume de encomendar peças e acessórios da Europa, quando não estavam disponíveis em lojas dos EUA, para onde viajava profissionalmente com bastante frequência. Raramente levava mais de 15 dias para receber as encomendas, mesmo quando eram taxadas pela Alfandega.

Entre 1995 e 2005 vivi fora do Brasil. Costumava enviar dos EUA correspondências e encomendas para os familiares que viviam aqui.
Uma carta levava, no máximo, uma semana. Uma encomenda, quando muito, 10 dias.

Hoje, pensar em usar os serviços dos Correios é uma aventura para os fortes.

Recentemente encomendei uns acessórios para meus aeromodelos. Nada de mais, tanto que não foram sequer taxadas pela Receita Federal.

A pequena caixa foi despachada no Deutsche Post (correios da Alemanha) no dia 2 de janeiro de 2018. Chegou no Brasil no dia 13 de janeiro. Foi liberada pela Receita e entregue aos Correios do Brasil no dia 27 de fevereiro, já liberado pela Receita Federal.

A encomenda foi recebida pelos Correios em Curitiba, para entrega, no dia 6 de março. Foi, finalmente, entregue na minha residência, TAMBÉM em Curitiba, no dia 9 de maio.


126 dias de trânsito entre a Alemanha e a minha casa, no Paraná.

A distância entre Hamburgo, na Alemanha, e Curitiba é de 10464 km. Foi percorrida em 11 dias, ou  o equivalente a 951 km/dia.

Já a distância entre o Centro Internacional dos Correios em Curitiba até minha casa são 25 km. Os Correios precisaram de 64 dias para fazer a entrega. Ou 390 metros/dia.


É o fim da picada!



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