segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Colônia Witmarsum, Palmeira, Paraná

Colônia Witmarsum, ao longo da BR-377, Palmeira, PR
O fim de semana prometia tempo bom e a vontade de cair na estrada já se manifestou na quinta-feira, quando chequei a previsão meteorológica.

Decidimos ir a Curitiba, onde não íamos já há algum tempo. Avisamos aos amigos de lá e aos de cá, para ver quem estava disponível para subir a Serra do Mar.
No litoral quase todos tinham compromissos familiares no fim de semana. Mas nossos amigos Sergio e Márcia Colodel estavam dispostos a nos acompanhar.

Saímos de Balneário Camboriú às 08:30 da manhã sábado, quando as ruas da cidade ainda estavam molhadas da chuva que caíra durante toda a noite. Mas o tempo já se abria e mostrava que o fim de semana seria de sol na Capital Catarinense do Turismo.

Não colocamos roupa de chuva, por acreditar na previsão. Antes de sair de casa conferi o tempo atual em todo o trajeto, em especial na região crítica de Joinville; tempo encoberto mas com sómente 5% de possibilidade de chuva e, ainda assim, no final da tarde. Ótimo, pensei. Estava enganado!

A BR-101 estava com muito tráfego, como é normal na temporada de verão em Santa Catarina. Pilotando com cuidado, fizemos os primeiros 57 km até o pedágio de Barra Velha. Quando chegamos lá, havia começado uma chuvinha fraca. Perguntei à minha fiel garupa e fotógrafa oficial da equipe, se deveríamos colocar as roupas de chuva. Ele opinou contra, dizendo que devia se tratar de "uma nuvem passageira." E era! Só que esta nuvem estava de passagem pelo mesmo trecho que em que nós também estávamos. Conclusão: pegamos chuva forte durante 122 km, até o pé da Serra do Mar.

Na altura de Araquari, SC, tive que parar num posto de gasolina. A umidade havia embaçado meus óculos e já estávamos encharcados. Colocamos roupa de chuva (um pouco tarde, eu sei!), limpei os óculos, apliquei anti-embaçante nos óculos e na viseira do capacete e seguimos viagem.

Quando a chuva diminui, ao cruzarmos a divisa com o Paraná, sabíamos que havia sido uma boa decisão fazer este bate-e-fica para Curitiba.

Na subida da Serra do Mar o tempo estava ótimo e com a temperatura muito agradável. Ao passarmos o pedágio de Tijucas do Sul, tiramos a roupa de chuva e aproveitamos o sol e o vento para secar nossa roupa. Uma delícia!

Ao chegar em Curitiba seguimos direto para o Paraguassú Grelhados, excelente restaurante no bairro Juvevê, um ponto obrigatório para nós na capital paranaense.

Almoçamos lá, encontrando com nossos amigos e proprietários do restaurante, João e Néia Zucoloto, com quem ficamos hospedados.

À noite, os nossos anfitriões prepararam um Filé Mignon no Trapo, acompanhado de arroz, salada verde e molho de mostarda, que estava simplesmente divino.

  


O programa para domingo foi tomar o café da manhã na Confeitaria Kliewer, na Colônia Witmarsum, cerca de 50 km a oeste de Curitiba.








Situada no município de Palmeira no Estado do Paraná a Colônia Witmarsum foi formada em julho de 1951 por menonitas que reimigraram da cidade de Witmarsum do Estado de Santa Catarina. Os menonitas da Colônia Witmarsum pertencem ao grupo dos menonitas alemães-russos, que tem sua origem na Frísia, no norte da atual Holanda e Alemanha. Através da Prússia eles imigraram para Rússia no século XVIII, de onde fugiram em 1929, quando o comunismo se instalou naquele país. Em 1930 vieram ao Brasil onde, após uma tempo em Santa Catarina, fundaram em 1951 a Colônia Witmarsum no Paraná. Graças a um financiamento conseguido junto aos menonitas da América do Norte, foi possível comprar em 7 de junho de 1951 a Fazenda Cancela.

Ocupa uma área de aproximadamente 7800 hectares e possui aproximadamente 1500 habitantes. Compreende cinco núcleos de povoamento, denominados aldeias e numerados de 1 a 5 e, dispostos em torno de um centro administrativo comercial e social situado na sede da antiga Fazenda Cancela (atual museu Casa Fazenda Cancela).

Sua base econômica reside na agropecuária, desenvolvida sobretudo no setor da pecuária leiteira. Também há criação de frangos e porcos para o abate e plantações de soja e milho.

Na Colônia de Witmarsum ocorrem as Estrias Glaciais de Witmarsum, um registro marcante da grande glaciação que ocorreu do Carbonífero inferior ao Permiano inferior, entre 360 e 270 milhões de anos atrás, quando toda porção sul do antigo supercontinente Gondwana, então parte da atual América do Sul, ficou coberto por espessas camadas de gelo. (Fonte: Wikipedia)

Foi uma experiência deslumbrante. A Colônia é muito bonita e muito bem cuidada, como não poderia deixar de ser. 

A Confeitaria Kliewer é um ponto de encontro tradicional de motociclista, ciclista e amantes de carros antigos de toda a região metropolitana de Curitiba. Chegamos lá bem cedo e, ao saírmos por volta das 11:00, o local estava lotado!






Foi um café da manhã especial, na companhia de amigos especiais.


Depois do café, nós e o casal Sergio e Márcia Colodel descemos a Serra do Mar de volta para casa. A temperatura em Curitiba, naquela manhã, estava em 16 graus quando fomos para a Colônia Witmarsum e em torno de 20 graus quando descemos a serra.

Ao chegar ao nível do mar, a temperatura elevou-se para 30 graus Celsius! 

Almoçamos na Parada Ferreti, em Barra Velha e por volta das 16:00 horas estávamos em casa.

Um excelente fim de semana, curtindo a estrada na nossa fiel "Pérola Negra".

Veja mais fotos aqui.

3 comentários:

  1. Parabéns pelo passeio Wilson Roque!

    No sábado passamos por Joinville - SC também, porém, chegamos na cidade no momento em que a chuva se despedia.

    Enfim, gostaria de perguntar sua opinião sobre o anti-embaçante. Ele realmente funciona? Tu teria alguma marca ou modelo em específico para recomendar?

    Obrigado. Abraços...

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    1. Fred, o anti-embaçante funciona mesmo. Eu uso fabricado pela Wurth (www.wurth.com.br). Na loja virtual está custando R$14,85 o spray.

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    2. Valeu Wilson Roque, vou comprar e experimentar :) abraços...

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