quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Costa Concordia: Região de Toscana pede indenização

Costa Concordia semi-submerso nas pedras da ilha de Giglio.
Autoridades da região de Toscana e da ilha de Giglio, na Itália, anunciaram que vão processar a empresa Costa Cruises, uma unidade do Grupo Carnival Corporation, e exigir o pagamento de uma indenização de 220 milhões de Euros (US$274 milhões) pelos prejuízos causados pelo desastre do navio “Costa Concordia”.

O navio, que carregava cerca de 4.000 passageiros e tripulantes, bateu nas rochas da ilha de Giglio e emborcou, matando 32 pessoas.

O navio permaneceu parcialmente submerso próximo da entrada do porto de Giglio por mais de dois anos, antes de ser aprumado e rebocado, em meados desde ano, para um estaleiro onde será desmanchado.

O Costa Concordia ainda em Giglio, já aprumado mas ainda submerso.
O presidente da entidade de turismo da Toscana declarou no tribunal da cidade de Grosseto que espera uma indenização de 30 milhões de euros, sómente para o prejuízo causado à imagem turística da região.

Segundo ele, a região sofreu um declínio no acesso de turistas depois do acidente e que a ilha de Giglio deixou de receber cerca de 45.000 visitantes em decorrência do desastre.

Costa Concordia já flutuando, pronto para ser rebocado.
Costa Concordia atracado no cais do estaleiro, em Gênova, onde será desmanchado.
Os representantes regionais prestaram depoimento no julgamento do Capitão Francesco Schettino, comandante do “Costa Concordia”, acusado de vários crimes, incluindo homicídio, naufrágio de um navio e abandono de navio.

A empresa Costa Cruises, operadora do navio, conseguiu evitar um processo criminal através de um acordo com o governo da Itália, tendo pago uma multa de 1 milhão de euros. Mas as autoridades regionais, vítimas do desastre e administrações locais continuam processando a empresa, em separado.

Imediatamente após o acidente, a Costa Cruises pagou cerca de 11.000 euros para cada um dos mais de 3.000 passageiros do navio, pela perda de seus pertences e pelo trauma sofrido por aqueles que não tiveram ferimentos físicos.

Espera-se uma decisão dos tribunais no início de 2015.

Atualização em 12/2/2015. O Comandante Schettino foi condenado a 16 anos de prisão, mas não irá imediatamente para a cadeia. Ele vai poder apelar da sentença em liberdade.

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