sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sturgis Rally: Uma História de Amor


Isto é uma história de amor; um romance onde os personagens valorizan a liberdade e o amor pelas estradas.

Mas não é um romance corriqueiro - não do tipo Romeu e Julieta.  Neste relacionamento, o objeto de desejo é a motocicleta.

Se você alguma vez quis sair por aí, realmente sair por aí, querendo colocar para fora o seu "lado selvagem" - no bom sentido da expressão - vá experimentar a loucura que é o Rally de Sturgis, em South Dakota, USA.

Situado na entrada das colinas "Black Hills", Sturgis é de várias formas a típica pequena cidade americana, exceto pelos motociclistas que chegam lá para seu encontro anual, em Agosto.


Eles vem de todos os cantos dos Estados Unidos e do resto do mundo para desfrutar as belezas das Black Hills e a emoção de passear pelos arredores de Sturgis.

Crazy Horse Monument.
Tudo começou em 1938 quando um pequeno grupo de entusiastas do motociclismo fundou o Gypsies Motorcycle Club (Motoclube Ciganos, numa tradução literal), com o objetivo de promover as viagens de motocicleta. Hoje, Sturgis é reconhecido como o maior evento motociclístico do mundo.

Estima-se que meio milhão de motociclistas participaram do evento este ano, nesta pequena cidade de 6.000 habitantes, que promove um Woodstock sobre duas rodas, anualmente.

O uso de capacete não é obrigatório na maioria dos estados do noroeste dos EUA.
Eles invadem a cidade, vestidos em couro e pilotando devagar e despreocupadamente as suas poderosas máquinas. Mas não se preocupe. Debaixo de todo esta força motora, do couro e dos cromados ofuscantes você não encontrará nenhuma gangue de foras-da-lei. Eles são, simplesmente, médicos, professores, advogados, trabalhadores da indústria, do comércio e de serviços, que escolheram fazer esta peregrinação a Sturgis, num evento que é tão americano como torta de maçã e cachorro-quente.


Eles estavam em todos os cantos, desde as pradarias do Badlands National Park, na aura patriótica do Monte Rushmore e as esfígies dos presidentes, na grandiosidade do Monumento ao Chefe Crazy Horse até na serenidade das colinas Black Hills.

Mount Rushmore.
As motocicletas ficam enfileradas, como num dominó de aço, ao longo da Main Street:  junto às calçadas nos dois lados da rua e com uma fileira dupla no centro, seus cromados refletindo o brilho das luzes de neón dos muitos bares da cidade.

Main Street, Sturgis, SD.
Dia e noite, motociclistas com bandanas, camisetas escuras e jaquetas de couro enchem a rua principal de Sturgis, num incessante desfile de Sportsters, Road Kings, Fatboys e customizadas.

Não há dúvida: Sturgis, naqueles dias, torna-se a capital mundial  do motociclismo. E a grande rainha é, sem dúvida, as Harley-Davidson.

O desfile continua por muitos quarteirões, onde se vende de tudo: camisetas, botas, jaquetas, coletes, facas e canivetes, tudo enfim, desde que tenha o nome ou o logotipo da Harley.

Mulheres de todo os tipos, vindas de todos os cantos, adotam o lema dos hippies dos anos 1960, desfilando em "topless", pilotando ou na garupa das motocicletas. Uma tradição consagrada em Sturgis.


E aquele harleyro com um sorriso malandro no canto dos lábios, apreciando a "paisagem", pode ser um grande empresário, um professor universitário ou um pastor tirando umas férias de sua paróquia.

Por que, em Sturgis, a única coisa que conta é o sentimento extrovertido da liberdade. 
De preferência numa Harley-Davidson.

Este ano já passou. Agora, só em Agosto de 2013. 

Vou passar por lá, daqui a algumas semanas. Mas só de ver as fotografias do evento deste ano, já dá para saber a sensação que vou sentir, ao chegar no "campo sagrado" do motociclismo. 
De Harley, é claro!

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