quarta-feira, 21 de julho de 2010

Coast-to-Coast - New York a Los Angeles - De Flagstaff, AZ a Las Vegas, NV - via Rota 66

Retornamos à Rota 66.
Saímos do Hotel Aspen, em Flagstaff por volta das 08:30, com destino à Grand Canyon Harley-Davidson, a revendedora H-D da região.
É uma revenda típica, uma das menores que visitamos. Entretanto tem todas as facilidades das outras revendas, só que em menor quantidade. Os preços, com sempre, dentro do nível sugerido no catálogo da H-D, oferecendo algum desconto se a compra for em volume mais expressivo (acima de US$200, neste caso). Uma excelente oficina, bem estocada em peças e com um loja de roupas/acessórios maior do que qualquer outra existente no Brasil.
Seguimos outr0s 100 km pela Interstate 40 até Seligman, Arizona.
Neste cidade nasceu o movimento de recuperação econômica das cidades às margens da Rota 66, sendo criada a primeira Route 66 Association, em 1987. Esta iniciativa se extendeu, depois aos demais estados por onde a Rota 66 passa.
Lá, encontramos três pessoas (um homem e duas senhoras), todos canadenses, que estavam cruzando os Estados Unidos desde o início de Julho. A missão voluntária que assumiram foi de percorrer os pontos mais significativos do motociclismo no país, arrecadando fundos para um ONG de apoio a mulheres que contraíram cancer de mama. Nestes primeiros 21 dias de estrada, segundo nos contaram, já haviam arrecadado cerca de 26 mil dólares. Isto mostra que os motociclistas são, mesmo, solidários.
De Seligman, continuamos 140 km pela Rota 66 até Kingman, Arizona, onde paramos para reabastecimento e almoço.

Depois do almoço, tomamos o rumo norte na US 93 em direção de Las Vegas. A temperatura começou a subir ainda mais, até atingir 49 graus Celsius, a mais elevada que tivemos, nesta aventura Costa-a-Costa.

Para atrapalhar um pouco mais, ventos fortes laterais, com rajadas, nos acompanharam durante todo o percurso. Neste trecho de 115 km, até a Represa Hoover, não há um ponto de parada onde se possa esconder do sol inclemente. É seguir adiante até a represa ou retornar a Kingman.

Para piorar, 16 km antes de chegarmos à Represa Hoover, a pista passa a ser de mão dupla, com um limite de velocidade máxima de 70 km/h. Neste trecho já não é pemitido o acesso de caminhões, por motivo de segurança, implantado depois dos ataques terroristas de Setembro de 2001.

Uma nova ponte sobre o Rio Colorado (e acima da Represa Hoover) foi construída e um novo trecho da rodovia está sendo finalizado, para tirar o tráfego de cima da represa, minimizando os riscos de um atentado terrorista. A Represa Hoover foi construída entre 1931 e 1935, com o objetivo principal de controlar o Rio Colorado, que provocava alagamentos ao sul desta região, por ocasião do derretimento do gela e da neve das Montanhas Rochosas, na primavera. Estes eventos provocavam prejuízos enormes nas cidades do vale.

Com a construção da Represa Hoover - o maior feito de engenharia até então - foi possível controlar o Rio Colorado, gerar energia elétrica e fornecimento de água para o sul da Califórnia, maior produtor da vegetais, legumes e frutas dos Estados Unidos.

Apesar da proximidade com Las Vegas, a energia elétrica da Represa Hoover é responsável por somente 20% do consumo da cidade dos cassinos.

Chegamos em Las Vegas às 16:00 horas. Guardamos as motocicletas no estacionamento coberto e nos registramos no Excalibur Hotel e Cassino. Elas ficarão no estacionamento, até nossa saída de Las Vegas, no sábado, dia 24, pela manhã. É simplesmente impossível andar de Harley-Davidson em Las Vegas, no verão. A temperatura média, durante o dia, está sempre acima dos 42 graus Celsius.

No total, pilotamos 428 km, hoje, sob um calor extremo. Mas valeu a pena, cada minuto.

Veja todas as fotos aqui.

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