sexta-feira, 31 de julho de 2009

Morre o Maior Revendedor Harley do Mundo

Bruce Rossmeyer, o maior revendedor Harley-Davidson® do mundo, morreu ontem, 30/7, em um acidente numa estrada do estado de Wyoming, Estados Unidos.
Segundo o relato oficial da Polícia Rodoviária de Wyoming, Bruce estava com um grupo de 5 motociclistas em direção a Sturgis (para o evento anual), percorrendo a Highway 28, quando começaram a ultrapassar uma camioneta tipo SUV, rebocando um trailer.
A camioneta diminuiu a marcha e ligou a seta da esquerda. Quatro motocicletas ultrapassaram mas quando Bruce tentou a ultrapassagem, a camioneta e o trailer cortaram sua frente abruptamente. Bruce chocou-se contra a porta esquerda da camioneta e foi jogado for a da estrada. Bruce pilotava sem capacete. Bruce Rossmeyer nasceu em New Jersey em 1943 mas era um residente da Ormando Beach, na região de Daytona, por muitos anos. Ele havia participado de uma reunião de concessionários Harley-Davidson® em Denver, Colorado e estava indo em direção a Thermopolis, Wyoming, para se encontrar com um conhecido grupo de fabricantes de motocicletas “custom”, chamados “The Hamsters”. Eles iriam em grupo para participar do famoso encontro de motocicletas de Sturgis, que iniciou ontem. Bruce Rossmeyer era considerado o maior revendedor de motocicletas do mundo, com 13 lojas na Flórida, Colorado, Massachusetts, Mississippi e Tennessee. A loja de Daytona (na realidade localizada em Ormond Beach) é a maior do mundo, com 10.200 m² de área constrída e 125 empregados. Além das concessionárias das marcas Harley-Davidson® e Buell®, Bruce era proprietário de outras três concessionárias de automóveis.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Rastro da Serpente

PHDs de Blumenau estão programando a colocação da Placa do Rastro da Serpente, em Apiaí, SP, no próximo sábado, 1 de Agosto. Veja o texto: No próximo dia 01, manhã de sábado, estaremos em Apiaí / SP fazendo a colocação da Placa do Rastro da Serpente e inauguração do local como rota de Moto-turismo. Convidamos a todos os PHDs a participar também. Aos interessados, favor entrar em contato conosco através do e-mail phd@phd-sc.com.br.
Após a inauguração da placa, vamos divulgar fotos do local e waypoint para GPS. A placa será colocada no centro de Apiaí, na praça em frente a Padaria do Geraldo. Este será o ponto para fotografias em troca da insígnia, que será entregue no Encontro do PHD para os inscritos no evento, que comprovarem o feito (através do arquivo digital da foto, para que possamos colocar no site).
Aos não-participantes ao evento ou aqueles que por ventura vierem a fazer este trajeto futuramente, as insígnias estarão à venda na Padaria do Geraldo. Da mesma forma, solicitamos as imagens via e-mail para posterior divulgação.
Projeto: Colocação da Placa RASTRO DA SERPENTE em Apiaí.
PHDs e Amigos, nossa saída para Apiaí para colocarmos a placa está marcada para sexta-feira dia 31 de julho, às 16h00 na saida Norte (posto D'Miranda em Blumenau) com destino a Curitiba. O Calinho da Calinho Motos estará levando as Placas junto.Ficaremos no hotel Dunamys (BR 116 km 93 - nº 3750, ao lado da Churrascaria Nova Estrela 41 3251-3300 / Bairro Alto - Curitiba)
Sugestão para chegar ao hotel: siga em direção a São Paulo pelo contorno Sul, na saída retorne pela BR 116 em direção a Curitiba. Este hotel tem uma bela churrascaria e fica na entrada do trevo para a BR 476, estrada do Ribeira. OS PHDs Macgyver, Stein, Sérgio Pires, Beto Bauer e Chico já fizeram suas reservas.
Em seguida sairemos de Curitiba, sábado às 7h00, fazendo os 154km tranquilamente para estarmos às 11:00h na colocação da Placa em Apiaí. Muitos PHDs já confirmaram a presença no local.Almoçaremos em Apiaí e retornamos as nossas residências.
PHD Chico
Blumenau – SC O que é o Rastro da Serpente? Deixo o próprio PHD Chico explicar: O Rastro da Serpente
Este nome surgiu em minha mente, dias mais tarde ao me lembrar das fortes experiências que tive, ao percorre a bela estrada que serpenteia entre Capão Bonito - passando por Apiaí, em SP e prossegue por Ribeira, Adrianópolis, Bocaiúva do Sul - e Curitiba, no Paraná.
No trajeto de ida, no sentido PR – SP, alguns amigos “apearam” de suas motos em movimento, sem conseqüências mais graves, além de um grande susto. Na volta, mais outros amigos dispensaram repetir a emoção, preferindo voltar pela BR 116, que também é traiçoeira, mas já é uma cobrinha bem conhecida de todos os PHD.
Nesse trajeto, entre Capão Bonito – SP 250 e Curitiba – BR 476, há um trecho de 157 km que é pura adrenalina. Foram tantas curvas fechadas, que consumiram algo em torno de 4 horas de nossa viagem.
Vale lembra que todos que já comentaram comigo sobre essa estrada, afirmam que em todo grupo, sempre alguém se descuida e cai.
Esse caminho é muito recomendado por vários PHD, incluindo a mim, que afirmamos que O Rastro da Serpente não deve nada, em dificuldade e beleza, a estrada The Tail of The Dragon, americana.
Fiquei tão animado com a estrada, que vou fazer contato com as prefeituras (setor de turismo) das cidades, no roteiro, a fim de adotar essa minha sugestão de nome “Rastro da Serpente”, oficialmente, criar, um merchandising local (logo, slogan, camisetas, adesivos, pin etc) e apoio de hotelaria, a fim de promover o roteiro para o moto turismo.
Outra idéia que será proposta é criar a "Arvore da Vergonha", que será uma grande árvore, em um determinado local de parada, onde serão colocados os pedaços deixados pelos tombos dos que se comportaram como “meninos” e não souberem respeitar os limites e nem as artimanhas dessa bela estrada.
A propósito do “menino”, recordo que durante essa viagem, um PHD de São Paulo, que estava conosco, comentou que para passarmos por ali, “os meninos deveriam se transformar em homens”. Para quem não entendeu a tradução é simples: “Cuidado meu amigo, aqui você tem que agir com responsabilidade, deixando as brincadeiras imaturas para outros momentos. Do contrario, o Rastro da Serpente vai jogar você no chão, sem perdão. Assim, se você não é apressadinho e gosta de curtir as belezas do caminho, fica a sugestão aos PHD para conhecer essa maravilhosa estrada. Mas, sem esquecer a frase do PHD de São Paulo, em resumo: “Recomendado apenas para Homens. Meninos; Não.” Maiores informações no site do PHD-BR.
The Tail of the Dragon é um trecho de 18 km na estrada US 129, que passa próximo ao Great Smoky Mountains National Park, no Estado do Tennessee. Este trecho, entre o Condado de Blount, Tennessee e o Condado de Swain, North Carolina, tem 318 curvas. O limite de velocidade é de 55 km/h e é intensamente fiscalizado pelas Polícias Rodoviárias dos dois Estados.

A Nova Harley-Davidson® Ultra Limited™ 2010

A Harley-Davidson anunciou, neste fim de semana em Milwaukee, WI., o lançamento do modelo Electra Glide® Ultra Limited como a sua motocicleta “top” de linha. Um degrau acima da conhecida e já popular Ultra Classic® Electra Glide, a Ultra Limited apresenta alguns itens antes só encontrados em modelos costumizados da linha Touring. O pacote começa com o motor Twin Cam 103™, de 1800 cc, com 10% mais de torque que o Twin Cam 96, de 1600 cc, que equipa os outros modelos Touring. Freios Brembo, com três discos e sistema ABS, manoplas aquecidas, sistema de segurança contra roubo Smart Security System, um “tour-pak” equipado com “rack”, alforges melhorados e um soquete de 12 volts/15 amp no “tour-pak”, para carregar seu celular ou netbook são componentes de série na Ultra Limited. Um esquema de cores em dois tons, estará disponível sómente para este modelo, que terá rodas com 28 raios em alumínio fundido em tons de cromo e novos instrumentos com anéis em tons de titânio e iluminação com LED brancos. Com um preço sugerido de US$24,699, a Ultra Limited será oferecida com vários opcionais já instalados pela fábrica. Os demais dispositivos e componentes que tornam a Ultra Classic a mais completa das Harley-Davidson de turismo continuaram presentes, tais como o piloto-automático, sistema de som Advanced Audio System da Karman/Kardon, de 80 watts, CB radio e intercomunicador e amplo espaço para bagagem. A Ultra Limited é construída em cima do novo quadro lançado em 2009 e que apresenta desempenho superior, especialmente em curvas em alta velocidade. O motor é montado sobre coxins de borracha, com caixa de mudança de 6 velocidades, mas com uma 5ª marcha mais suave, ao utilizar uma engrenagem de corte helicoidal. O sistema de escapamento utiliza tubos 2-1-2 projetado para minimizar a exposição ao calor, tanto para o piloto como para o passageiro e um defletor de calor para isolá-los da temperatura do motor. O calor gerado pelo motor e sistema de escapamento costuma ser o ítem mais criticado pelos proprietários das motocicletas Touring, da Harley-Davidson. A Ultra Limited estará disponível com pintura em dois tons nas cores Vivid Black/Black Ice Pearl, Flame Blue Pearl/Vivid Black e Scarlet Red/Vivid Black.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lavar a sua Harley-Davidson?

Quem me conhece, sabe que as minhas Harleys estão sempre brilhando, limpas e polidas. Eu simplesmente não suporto motocicleta suja! Mas o Wolfmann publicou uma postagem no seu blog que vale a pena ler, mesmo ( e especialmente) para quem tem mania de motocicleta limpa, como eu. Recomendo: http://wolfmann-hd.blogspot.com/2009/07/lavar-sua-hd.html

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Harley-Davidson vai demitir 1.000 pessoas – EUA

Uma maior queda nas vendas em 2009 levou a Harley-Davidson Inc. a anunciar no Estados Unidos, hoje, que irá demitir 1.000 pessoas ainda este ano, além do já anunciado corte de 1.400 postos de trabalho, divulgados no início do ano. O fabricante de motocicletas pesadas de Milwaukee, Wisconsin, informou que vai fechar, por 14 semanas, a linha de produção dos modelos Sportster e V-Rod da fábrida de Kansas City, além da produção de motores e caixas-de-mudança para as Sportster (na fábrica de Wauwatosa, WI). O fechamento incluirá todo o quarto trimestre de 2009. A Harley-Davidson divulgou que a venda a varejo de suas motocicletas, em todo o mundo, caiu 30,1% no segundo trimestre de 2009, comparado com o mesmo período de 2008. As vendas domésticas (nos EUA) caíram em 35,1%, enquanto as vendas internacionais retraíram 18,2%. A previsão de vendas totais da Harley-Davidson para 2009 está agora estimada em 228.000 unidades, contra as 303.479 motocicletas vendidas em 2008. As vendas mundiais de motocicletas, de todas os fabricantes, tiveram uma redução de 48,1% durante 2009. As ações da Harley-Davidson Inc., negociadas na Bolsa de Valores de New York, perderam 80% do seu valor, desde o máximo alcançado em Novembro de 2006. Apesar deste valores baixos em vendas e cotação de suas ações em Wall Street, analistas financeiros reconhecem que as ações da Harley-Davidson apresentam um melhor desempenho do que a maioria das ações negociadas na New York Stock Exchange (NYSE). Nos últimos 20 anos as ações da Harley-Davidson tiveram uma apreciação de 26,3%, contra 8,9% do índice S&P 500, por exemplo. Os analistas ainda consideram que comprar ações da H-D é um bom exercício de risco, que é aliviado pela reconhecida fidelidade que os motociclistas tem com a marca. Fonte: USA Today, Wall Street Journal e Miami Herald

Estranho personagem, esse tal de MOTOCICLISTA

Não conheço o autor deste texto, que me foi enviado pelo meu amigo PHD Nery Granemann. Mas achei muito bom e comparto, neste blog. Estranho personagem, esse tal de Motociclista . . . Fernando Drummond Difícil crer que seja possível preferir o desconforto de uma motocicleta, onde se fica instavelmente instalado sobre um banquinho minúsculo, tendo que fazer peripécias para manter o equilíbrio e torcendo para que não haja areia na estrada. Como podem achar bom transportar o passageiro, dito garupa, sem nenhum conforto ou segurança, forçando o coitado a agarrar-se à pança do motociclista, sujeitando ambos a toda sorte de desconfortos, como chuva, ou mesmo aquela “ducha” de água suja jogada pelo carro que passa sobre a poça ao lado, ou de ficarem inalando aquele malcheiroso escapamento dos caminhões em uma avenida movimentada como a marginal Tietê, por exemplo, sem falar da necessidade de se utilizar capas, casacos e capacetes, mesmo naqueles dias de calor intenso. Isso tudo enquanto convivemos numa época em que os automóveis nos oferecem toda sorte de confortos e itens de segurança. Ar-condicionado, que permite que você chegue ao trabalho sem estar fedendo e suado; “air bags”, barras laterais, cintos de três pontos, etc., que conferem ao passageiro uma segurança mais do que necessária; som ambiente; possibilidade de conversar com os passageiros (OS passageiros. ..) sem ter que gritar e assim por diante. Intrigante personagem, esse tal de motociclista. Apesar de tudo o que disse acima, vejo sempre em seus rostos um estranho e particular sorriso, que não me lembro de haver esboçado quando em meu carro, mesmo gozando de todas as facilidades de que ele dispõe. Passei, então, a prestar um pouco mais de atenção e percebi que, durante minhas viagens, motociclistas, independente de que máquinas possuíssem, cumprimentavam-se uns aos outros, apesar de aparentemente jamais terem se visto antes daquele fugaz momento, quando se cruzaram em uma dessas estradas da vida. Esquisito… Prestei mais atenção e descobri que eles frequentemente se uniam e reuniam, como se fossem amigos de longa data, daqueles que temos tão poucos e de quem gostamos tanto. Senti a solidariedade que os une. Vi também que, por baixo de muitas daquelas roupas de couro pesadas, faixas na cabeça, luvas, botas, correntes e caveiras, havia pessoas de todos os tipos, incluindo médicos, juízes, advogados, militares, etc. que, naquele momento, em nada faziam lembrar os sisudos, formais e irrepreensíveis profissionais que eram no seu dia a dia. Descobri até alguns colegas, a quem jamais imaginei ver paramentados tão estranhamente. Muito esquisito… Ao conversar com alguns deles, ouvi dos indizíveis prazeres de se “ganhar a estrada” sobre duas rodas; sobre a sensação deliciosa de se fazer novos amigos por onde se passa; da alegria da redescoberta do prazer da aventura, independente da idade; e da possibilidade de se ser livre e alegre, rompendo barreiras que existem apenas e tão somente em nossas mentes tão acostumadas à mediocridade. Vi, ouvi e meditei sobre o assunto. Mudei a minha vida… Maravilhoso personagem, esse tal de motociclista. Muitas motos eu tive, mas jamais fui um verdadeiro motociclista, erro que, em tempo, trato agora de desfazer. Mais que uma nova moto, a moto dos meus sonhos. Mais que apenas uma moto, o rompimento dos grilhões que a mim impunham o medo e o preconceito e que por tanto tempo me impediram de desfrutar de tantas aventuras e amizades. Quem sabe o tempo que perdi e as experiências que deixei de vivenciar. Se antes olhava-os com estranheza, mesmo sendo proprietário de uma moto (mas não um motociclista) , vejo-os agora com profunda admiração e, quando não estou junto, com uma deliciosa pontinha de inveja. O interessante, é que conheço pessoas que jamais possuíram moto, mas que estão em perfeita sintonia com o ideal motociclista. Algumas chegam até mesmo a participar de encontros e listas de discussão, não que isto seja imprescindível ou importante. O que importa é a filosofia envolvida. Hoje, minha garupa e eu, montados em nossos sonhos, planejamos, ainda timidamente, lances cada vez maiores, sempre dispostos a encontrar novos velhos amigos, que certamente nos acolherão de braços abertos. Talvez, com um pouco de sorte, encontremos algum motorista que, em seu automóvel, note e ache estranho aquele personagem que, passando em uma motocicleta, com o vento no rosto, ainda que sob chuva ou frio, mostre-se alheio a tudo e feliz, exibindo um largo e incompreensível sorriso estampado no rosto. Quem sabe ganharemos, então, mais um irmão motociclista para o nosso grupo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Capacetes para Motociclismo – Forma e Conforto

Escolher um capacete para motociclismo seria fácil se fôsse só uma questão de escolher o tamanho e a côr. Infelizmente, marcas diferentes ou mesmo modelos diferentes da mesma marca encaixam diferentemente na nossa cabeça e nos proporcionam conforto ou desconforto – e o preço não tem nada a ver com o resultado final. Alguns capacetes mais baratos podem ser mais confortáveis do que outros mais caros, do mesmo fabricante ou de fabricantes diferentes. Aparentemente, muitos pilotos não se dão conta que, além do tamanho, capacetes vem com uma infinidade de formas internas diferentes. A forma é um dos mais importantes fatores na compra de um capacete, já que a cabeça humana também tem formas das mais variadas. Capacetes são um item caro no vestuário de um motociclista (assim como as jaquetas) e se você só pode ter um, deve procurar aquele que se encaixe melhor na sua cabeça e possa ser usado em todas as condições de tempo, se possível. Na realidade, é quase impossível determinar aquele que é mais confortável, sem experimentar diferentes tipos e modelos de capacetes. E a recomendação de amigos não são, necessáriamente um ajuda válida. O que pode ser confortável para ele ou ela, pode ser bastante desconfortável para você. Mesmo um capacete que pareça excelente quando experimentado na loja, transforma-se num instrumento de tortura medieval, depois de algum tempo de pilotagem na estrada, por exemplo. Claro que o problema fica mais complicado, quando se pretende comprar um capacete via internet. Dificilmente uma loja “online” aceitará um capacete de volta, depois de ter sido usado, ainda que por pouco tempo. Segurança deve ser o fator primordial na escolha de um capacete, mas o outro aspecto de definição deve ser o conforto ao usá-lo. Qualquer proteção que o capacete possa oferecer não terá nenhum valor se ele for desconfortável ao usá-lo.

É bastante complexo tentar explicar por que as pessoas (como eu) gostam tanto de pilotar uma motocicleta, especialmente se for por puro prazer (sem obrigação profissional ou de custo). O ato de pilotar é uma forma de meditação, porque a concentração requerida na pilotagem com segurança tende a focar o cérebro do piloto de tal maneira, que o distrai de outras questões (problemas, inquietudes, ansiedades, etc.). Isto cria uma concentração mental que, na verdade, nos afasta dos outros pensamentos que normalmente fluem pela nossa mente. O resultado é que sua mente volta rejuvenescida depois um passeio de motocicleta, da mesma forma como se acabasse de sair de uma sessão de meditação ou relaxamento. Pensamentos sobre o que comer, com quem se reunir ou as outras preocupações estressantes do dia-a-dia (pressões no trabalho ou em casa), desaparecem de nossas mentes durante um passeio de motocicleta, por que a concentração necessária na pilotagem levam os outros pensamentos para bem longe. Pilotar com segurança quer dizer está atento e concentrado durante todo o tempo – porisso é importante parar e descansar em intervalos frequentes durante uma longa viagem de motocicleta. Mas, o que tem isso tem a ver com o capacete? Você não deve estar preocupado com o capacete, com a jaqueta, com a luva ou com as botas. Esses itens tem que se transformar na sua segunda pele e ser parte integrante de seu corpo, para que sua mente não perca a concentração na pilotagem e comece a se ocupar com o desconforto que estão causando. Os estudos de acidentes de motocicletas, mostram que a maioria daqueles não envolvendo outros veículos, ocorrem com a colisão da motocicleta contra um ponto fixo na estrada ou por derrapagem em curvas, feitas em velocidades excessivas. Quantos desses acidentes não são causados por perda de concentração, talvez ocasionada pelo desconforto de algum item de nosso vestuário?

Recomendo fazer uma pesquina pela internet e procurar a opinião de quem já tem um capacete igual ao que você está pretendendo comprar. Itens como peso, estrutura e composição do casco e do interior, qualidade do revestimento (se é lavável ou não), forma de abrir/fechar a jugular, facilidade de abrí-lo (nos modelos escamoteáveis), são importantes para sua correta avaliação. Portanto, considere todos os aspectos envolvidos, quando estiver procurando um novo capacete. Especialmente se for aquele que você usará "naquela" viagem que está programando há tanto tempo. Boa sorte e lembre-se: use sempre equipamento de segurança, quando pilotando: capacete, luvas, botas apropriadas e jaqueta resistente à abrasão.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tal Pai, Tal Filho, Tal Neto

Eu sou conhecido, entre os meus amigos PHDs, como uma Harleyro que tem sua motocicleta sempre limpíssima, com os cromados brilhando.
E é verdade! O mesmo cuidado eu dedico ao carro e a qualquer veículo que esteja comigo.
Meu filho, Marcus, herdou esta "mania" e tem sempre suas motocicletas e automóvel impecavelmente limpos.
Aparentemente, meu neto Kiko vai pelo mesmo caminho, conforme mostram as fotos que tirei no último domingo, dia 5, quando ele completava 2 anos. Ele é um apaixonado por motocicletas, um gosto que já revelava com apenas 1 ano.
Constantemente pede ao pai para colocá-lo no assento da Fat Boy e imita, com a boca, o som da descarga das Harleys.
Filho, neto e bisneto de Harleyros, não poderia negar o DNA, não é mesmo?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Road Captain

Há muito pouca literatura sobre as funções de um Road Captain e como reagir durante situações específicas na estrada. Eu rodo em média 12.000 km por ano, o que é muito acima da média mundial de 3.200 km para motocicletas classificadas como “custom”. A estatística é da Motorcycle Safety Foundation, dos EUA. Grande parte dessa quilometragem é feita em grupo, que variam de 3 a 43 motocicletas (na viagem Curitiba/Campos do Jordão, no HOG Rally 2009). Algumas vezes eu lidero o trem, como Road Captain, mas a maioria das vezes vou no meio do grupo e, algumas vezes, faço o trabalho de cerra-fila. O único treinamento específico que conheço, no Brasil, para viagens em grupo é o patrocinado pela Harley-Davidson. Um bom treinamento, que aconselho a todos que gostam de viajar com outros motociclistas. Mas durante as conversas no HD Point Café, em Balneário Camboriú, tenho escutado relatos preocupantes de integrantes de grupos que viajam juntos. E, o pior, comentários negativos sobre a pessoa que atuou como Road Captain naquela viagem específica. Como não há um curso específico para Road Captains (nos moldes dos existentes nos Estados Unidos, por exemplo), os motociclistas brasileiros precisam aprender com seus próprios erros e com os erros dos colegas que atuam na mesma missão. Parece que ser um Road Captain é uma dessas fascinantes ocupações na vida que você nunca domina completamente, daquelas que você está constantemente aprendendendo alguma coisa mais. Ou como fazer o trabalho ainda melhor. Acho que um Road Captain é um estudioso da ciência do motociclismo, que continua a ser um estudante aplicado, por toda a sua vida sobre duas rodas. Alguém que pode ser treinado e que aprende e desenvolve suas habilidades, aprendendo com seu próprio erro e o erro e acertos de outros motociclistas. Eu leio uma série de blogs sobre motociclismo e o tema segurança sempre me atrai. Creio que é resultado da minha própria formação profissional. Recentemente lí uma postagem de um motociclista americano, chamado Jay Green, que acho relevante para publicar aqui. Ele diz o seguinte: “Eu cometí um erro de julgamento, durante um passeio na última quarta-feira, que quero documentar para o benefício daqueles que se interessam pela arte de ser um Road Captain. Antes, quero dizer algumas coisas. Primeiro, acho que pilotando em grupo sem rádio comunicação (PX ou CB) entre as motocicletas é o mesmo que enviar um esquadrão de caças dos Fuzileiros Navais para executar uma missão, sem comunicação entre eles. (comentário: é claro que o Jay Green foi fuzileiro naval. Só um fuzileiro pensaria em mandar um esquadrão de caças, pilotados por fuzileiros, sem um aviador naval, da MARINHA, no comando. Mas deixe o Jay Green continuar. . .). Segundo, o cerra-fila é a tarefa mais difícil de se executar, num comboio. Ele pode ver-se em situações difíceis e, até, perigosas para proteger o grupo. Esta posição deve ser ocupada pelo Road Captain com mais experiência. O grupo confia no cerra-fila para bloquear o tráfego em vias de duas faixas, quando estas vão se tranformar um uma única faixa. Quando maior o grupo, mas crítica esta tarefa se torna. Um exemplo: se um grupo de vinte motocicletas está avançando pela estrada, na faixa de esquerda e há uma carreta mais vagarosa na faixa de direita, o cerra-fila tem que bloquear esta faixa, para evitar que um carro ou outro veículo mais veloz tente ultrapassar o grupo pela direita. E quando este veículo chegar próxima daquela carreta, bloqueando seu caminho, a tendência natural será forçar a ultrapassagem pela esquerda, tornando-se um perigo potencial para os motociclistas do grupo. Se isto acontecer, temos que rezar para que o grupo ajuste sua velocidade e abra espaço para este “apressado” poder passar com segurança. Na maioria dos casos, o Road Captain líder pode “segurar” o grupo e acenar para que o outro veículo ultrapasse, antes que fique sem espaço para prosseguir e provoque um acidente. Essas manobras serão mais facilmente executadas se o Road Captain líder e o cerra-fila estiverem em comunicação via rádio. Se mais pilotos tiverem rádios e estiverem ligados na mesma frequência, ainda melhor, pois acompanharão as informações dos Road Captains. Nesta quarta-feira, eu atuava como cerra-fila de um grupo de oito motociclistas, mas sómente eu estava equipado com rádio. Portanto não tínhamos contato entre nós. O grupo estava seguindo por uma estrada de mão dupla, pista simples, quando uma mini-van aproximou-se atrás de nós, com evidentes intenções de nos ultrapassar. Eu criei um espaço extra entre a mini-van e o grupo, ao diminuir a minha velocidade e forçar o outro veículo a diminuir, também. Estávamos num trecho de subida e havia uma terceira faixa à direita, para veículos lentos. O Road Captain líder tomou a decisão correta e moveu o grupo para a faixa da direita, para permitir a ultrapassagem daquela mini-van. Infelizmente, eu entendi a manobra erradamente. Com o receio de que a terceira faixa não fosse suficientemente longa para permitir a ultrapassagem, eu resolví bloquear a mini-van, mantendo-me na faixa de ultrapassagem. Eu pensei que o motorista iria reconhecer que eu estava fechando a porta de passagem e aguardaria detrás de nós. ERRADO! Êle estava determinado a nos ultrapassar e acelerou ainda mais. Ficamos lado a lado até ele chegar próximo à última motocicleta do grupo. Neste momento, ele deu uma “fechada” para a esquerda, jogando a mini-van na minha frente. Eu, instintivamente, freei bruscamente e minha motocicleta ocomeçou a rabear violentamente, enquanto o outro veículo passava pelo grupo. Felizmente conseguí recuperar o controle da motocicleta, sem sofrer nenhum arranhão, além do susto. Mais tarde, discutindo o episódio com o Road Captain líder e o nosso Oficial de Segurança, ambos disseram que eu havia cometido um erro de julgamento e de ação”. Achei válido postar este relato, para benefício dos Road Captains que acompanham meu blog e podem aprender com os erros dos outros. Para aqueles que ainda não são Road Captains, espero que esta estória ajude a compreender o quanto de estratégia e trabalho em equipe estão envolvidos em ter um grupo de motociclistas deslocando-se de um ponto a outro, com segurança. Ser um Road Captain é muito mais que ter um “patch” costurado na jaqueta ou uma placa diferente colocada na sua motocicleta.