quinta-feira, 25 de abril de 2013

Harley-Davidson: Crescimento Impressionante no 1º Trimestre de 2013


A Harley-Davidson Motor Company divulgou, ontem, o resultado de suas operações no primeiro trimestre de 2013.

Anunciou um lucro de US$224,1 milhões, um crescimento invejável sobre o mesmo período de 2012 (US$172 milhões).

A receita na venda de motocicletas, peças, acessórios e roupas cresceu 9,8%, atingindo US$1,57 bilhão, devido ao crescimento de remessas aos revendedores e distribuidores da marca em todo o mundo.

A margem positiva na receita bruta cresceu de 34,9% em 2012 para 36,25% em 2013.

O interessante é notar que este crescimento significativo acontece mesmo com a queda de vendas de motocicletas nos Estados Unidos, Canadá, Europa, Oriente Médio e África.

No trimestre, a Motor Company despachou 75.222 motocicletas, um aumento de 17,1% comparado com os primeiros três meses de 2012.

Traduzindo, o crescimento da Harley-Davidson está concentrado nos países emergentes (Brasil incluído) e em outros onde sua participação no mercado era tímida.

Na minha opinião, este crescimento só será sustentado se o atendimento pós-venda se igualar ao padrão disfrutado pelos consumidores nos países do chamado primeiro mundo.

Operando num segmento de alto custo de aquisição, o que acontece depois da venda é tão ou mais importante do que a venda por sí mesma.

Pelo menos no Brasil, não se vende Harley-Davidson. 
As pessoas compram as Harleys, apesar de tudo.

A questão é saber se continuarão fiéis à marca, depois de eventuais decepções com a má qualidade no atendimento, assistência técnica e disponibilidade de peças e acessórios, males que o Harleyro continua a sofrer no nosso país.

Um comentário:

  1. O problema do pós-venda no Brasil assume proporções que eu nunca poderia imaginar. Nem mesmo no tempo Romário Izzo li tantos relatos de problemas mantendo motos em oficinas autorizadas, dificuldades em conseguir peças de reposição (já li sobre dealer que não vende peças que não são colocadas pela oficina) e total desrespeito ao recall que trata dos reguladores de voltagem que apesar da recomendação para "all marketing" é desconhecido pelos dealers brasileiros.

    Confesso não ser um fanático pela marca e a preferência que dou à fábrica se deve exclusivamente a excelente experiência que venho tendo com a minha Fat Boy, mas hoje não me sinto motivado a comprar outra HD exatamente pela dificuldade no pós-venda que deixou de ser um problema para fazer valer a garantia e passou a ser um problema para manter a manutenção preventiva em dia.

    Atualmente, os modelos mais antigos são mantidos rodando por conta dos ítens after market e boa vontade dos amigos que visitam os EUA, além da simplicidade da mecânica.

    Mas a evolução na eletrônica embarcada em conjunto com a dificuldade em conseguir ferramentas adequadas para poder mexer nas ECUs só deixam os proprietários dos modelos mais novos com a opção de obedecer ao log de erros e trocar o que está sendo indicado pela ECU sem chance de corrigir a causa do defeito. Se a causa for a peça indicada, ótimo. Se não for, vai continuar trocando peças até achar a causa. E para ficar na mão dos trocadores de peças, prefiro experimentar uma marca diferente já que o catálogo HDMC não traz os modelos que me atraem.

    Espero que os executivos que aceitaram o desafio de implantar a filial brasileira estejam realmente procurando soluções para resolver o pós-venda antes de atingir a meta de vinte dealers no Brasil. O aumento do universo HD no Brasil sem um pós-venda eficiente só denigre a marca.

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